Supermercados na África do Sul, assim como está ocorrendo na maioria dos países, estão disputando consumidor a consumidor, numa concorrência que cresce diariamente. Por isso, o conselho de ouro de Suzanne Ackerman-Berman, diretora da rede de varejo Pink’N’Pay – uma das mais promissoras no continente africano – é para que o empresário do setor se aproxime ao máximo do seu cliente.
“É preciso saber exatamente o que o consumidor almeja, suas expectativas, seus desejos. É necessário dar a ele os produtos que ele quer comprar, dentro da faixa de renda que possui”, afirma Suzanne.
A empresária relatou que a rede Pink’N’Pay, criada pelos seus pais há 45 anos, é composta de lojas amplas, corredores largos, artigos bem dispostos nas prateleiras e gôndolas. No entanto, nesses estabelecimentos maiores e confortáveis, a clientela é composta por pessoas de classes sociais de maior renda.
Com foco na manutenção de 33% do mercado na África do Sul e com intenção de abocanhar fatia maior de vendas, Suzanne criou uma marca paralela de lojas com o nome Boxer. Nelas, os consumidores de baixa renda – que somaram 48% da população em 2010 – encontram a mesma qualidade no atendimento e o conforto na hora das compras, contudo, pagam mais barato pelos produtos.
“Os preços mais atraentes são obtidos com o tipo de artigo que essa população deseja, que é basicamente a de alimentação focada em commodities. Também apostamos em produtos próprios, cujo custo é menor”, explica Suzanne. E concluiu: “A vontade de ser bem atendido, estar em um lugar bonito e receber tratamento VIP também é desejo da classe baixa”, avalia.
Suzanne proferiu palestra durante o 27º Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados, nesta quarta-feira (11 de maio), com o tema “Inovação no contexto socioeconômico atual”.
Fonte: Feira APAS